Três candidatos a prefeito e até 200 vereadores

Três candidatos a prefeito e até 200 vereadores
Foto: Arquivo/FOLHA


A partir do próximo sábado, dia 20, estão abertos os prazos para a realização de convenções partidárias, que vão sacramentar as candidaturas que disputarão as vagas de prefeito, vice e 17 vereadores de Itaúna, no dia 6 de outubro. O prazo para a realização das convenções é o dia 5 de agosto, e espera-se que somente nos últimos dias os nomes definitivos sejam fechados. Além das questões da definição de candidaturas majoritárias, a formação da chapa de vereador também não é fácil de se concluir. Começando pela disputa majoritária, há a seguinte posição: devem ser fechados no máximo em três nomes, número bem menor do que as especulações de seis meses atrás.

Gustavo Mitre, que vem liderando as pesquisas; Maurício Nazaré, nome da atual administração; e Jerry Adriane ou Wandick, representando a ala mais à esquerda do espectro político itaunense. A ex-vice, Gláucia Santiago, teve que renunciar ao cargo para assumir a vaga de deputada federal e, apesar de se manter até aqui, não deve prosseguir candidata a prefeita. Alguns registros precisam ser feitos nesta disputa: a maioria dos nomes que se colocaram representam ideologicamente a direita, assim, esse viés ideológico chega dividido, pelo menos em dois nomes (Mitre e Nazaré). Sobra para a autodenominada esquerda a indecisão entre Jerry e Wandick. 

Na prática, isso significa falta de articulação do pessoal que se apresenta como progressista. Passam-se os anos e dificilmente a chamada esquerda itaunense não consegue um nome para realmente disputar as eleições municipais. Isso mesmo sabendo-se que o candidato da esquerda, Lula, teve 33,56% dos votos válidos na eleição passada para presidente. Bolsonaro teve 66,44%, porém, teoricamente, esses dois terços do voto podem ser divididos e dar a vitória ao terço restante. Outro fator é que, mesmo a maioria do eleitorado sendo composto de mulheres, a chamada “cabeça de chapa” majoritária deverá ser totalmente formada por homens brancos.

No máximo 200 candidatos a vereador, com 30/40 realmente na disputa

Nestas eleições, cada partido ou federação poderá apresentar no máximo 18 candidatos por chapa. Não é possível a coligação, e a federação tem regras mais difíceis de se cumprir, o que deve diminuir sua formação. Assim, dos 20 partidos legalizados no Brasil, cerca de 10 devem apresentar candidatos, o que daria total de 180. Como esse número de partidos disputando, pode chegar a 11, 12, assim devem trabalhar com no máximo 200 candidatos a vereador. Destes, conforme especialistas, 30 a 40 estarão realmente na disputa, incluindo aí 15 dos atuais detentores de mandato, o que coloca pelo menos dois dos atuais vereadores em apuros, levando em consideração essa análise.

Outro fator a ser destacado é que um terço dessas vagas deve ser preenchido por candidatas do sexo feminino. Assim, de 200, 60 devem ser mulheres. E, conforme informações do próprio TSE – Tribunal Superior Eleitoral, a fiscalização vai ser rígida em relação a “candidaturas fantasmas”, aquelas anunciadas para completar chapa. A FOLHA está preparando análise a ser feita quando os nomes forem apresentados efetivamente, apontando probabilidades de cada grupo/partido nas próximas eleições. Até lá, acompanhamos os bastidores.